Todos nós já cometemos pequenas (ou grandes!) gafes enquanto treinamos aikido. E isso não é privilégio dos iniciantes, até mesmo os mais experientes em algum momento podem relaxar e escorregar na etiqueta. Esse texto não trata disso porque isso é normal e, de certa forma, até comum. O post é sobre aqueles comportamentos que não estão nas regras de etiqueta mas que incomodam todos e fazem a pessoa ganhar o troféu de "a mais irritante do dojo". Não foi inspirado em ninguém em particular, até mesmo porque é quase impossível alguém conseguir ser tão desligado assim... ou não?*** Vocês conhecem alguém que faça tudo isso? Ou que outros comportamentos quase acabam com o bom-humor do seu grupo?

Fale durante todo o treino - fale não, tagarele. Vale contar o que fez durante o dia, a última matéria do jornal ou o jogo do seu time, principalmente se seu companheiro for bem sério e daqueles que se concentram muito.

Ignore toda e qualquer hierarquia - você sempre achou bacana quando alguém bate palmas para todos tomarem seus lugares no início do treino, então para quê esperar ser yudansha para fazer isso? Mesmo com vários alunos mais antigos presentes, seja mais rápido e se adiante a eles. Além disso, procure algum erro do colega e corrija sempre os menos graduados... e os mais graduados também...

Controle a presença das pessoas - sempre que algum colega faltar um treino que seja, pergunte o porquê e tenha certeza de que ele saiba que você está contando as faltas. Frases como "você está faltando muito" ou "virou turista?" sempre funcionam. O mesmo vale para os exames: "mas não tem nem um ano que você fez exame...", "que pressa, hein?" ou "nossa, você vai ficar nessa graduação para sempre?" também surtem efeito.

Use muita maquiagem - se você é mulher, vá treinar com o seu batom vermelho favorito. Também use base, corretivo e autobrozeador, ou seja, qualquer coisa manche o dogi branquinho dos outros. Ah, também vale aquele hakama que solta muita tinta e que você não fez questão de lavar e fixar a cor.

Não corte as unhas - sempre existe aquelas pessoas que puxam ou empurram bem rápido, então você vai arrranhá-las até parecer que elas brigaram com um gato.

 Peça para seu uke tentar segurá-lo com muita força - e depois reclame que ele travou seu movimento.

Adquira toda a sorte de tiques - se você for uma pessoa forte fisicamente, pode dar tapinhas nas costas dos companheiros logo depois das imobilizações ou ainda se levantar apoiando todo o peso do corpo nas costelas do uke.

No fim do treino, reclame - reclame que seu pulso está doendo porque alguém entrou firme no sankyo, que você rolou torto porque outro projetou você de forma errada e que o jo do colega pegou no seu dedo indicador. Cobre de cada uma das pessoas todos aqueles pequenos incidentes que são normais durante o treino mas que você considera ataques pessoais.

Esteja SEMPRE atrasado - além de nunca chegar na hora, fique ainda uns bons 15 minutos fazendo aquecimento em um lugar que atrapalhe a passagem de todos e faça todas as perguntas que lhe vierem à cabeça, mesmo sem saber se elas já foram feitas antes da sua chegada.

Envergonhe seus colegas - sempre que estiver em um seminário ou em visita a outro dojo com um grupo, ignore todas as regras do lugar. Faça como você sempre fez no seu dojo, inclusive as técnicas que o sensei propuser acrescentando um "mas eu aprendi assim...".


***Esse é um post de ficção, qualquer semelhança com pessoas, fatos e acontecimentos, é pura coincidência.


É bem estranho quando alguém tenta descobrir seu nome procurando o bordado na parte de trás do seu hakama. Não temos esse hábito no Brasil, mas a maioria dos praticantes no Japão aplica os kanjis do nome da família (para os orientais) ou os caracteres traduzindo o som do nome (para os ocidentais) em um bordado amarelo no lado direito traseiro da abertura do hakama. Daí que o aluno perguntou a uma outra pessoa o seu nome e, não sabendo do costume, ficou bastante incomodado porque o outro só apontava o local onde estava o bordado...



Livro_GRandes_Mestres

Os autores Fábio Amador Bueno (editor e designer) e José Augusto Maciel Torres (jornalista), ambos da Fighter Magazine,  produziram um livro de um gênero que não é muito comum no Brasil: uma obra cujo objetivo é divulgar “pessoas  de grande valor que ficam anônimas perante a ausência de mídia especializada” em artes marciais.

Imagem: divulgação
O livro, dividido em doze capítulos cada um dedicado a um estilo de arte marcial, é também uma homenagem ao Grão Mestre Yoshihide Shinzato, 10o dan, nascido em Okinawa, no Japão, e residente no Brasil desde 1954, onde contribuiu efetivamente para o desenvolvimento do Karate no país.
Mestres consagrados de várias artes marciais tem sua trajetória retratada em seções separadas por categoria. O aikido conta com um pequeno resumo da biografia do O-sensei Morihei Ueshiba, e textos sobre o Shihan Vagner Bull (Instituto Takemussu), o sensei Severino Sales (Federação Brasileira de Aikido) e o sensei Paulo Cremona (Cremona Dojo).
Arte marcial é cultura, pois na maioria das modalidades tradicionais, representa épocas homéricas da história dos países e seus conflitos. Guerras imperiais, revoluções épicas, guerrilhas feudais, primórdios da espionagem militar, entre outros fatos históricos, foram protagonizados por artistas marciais, famosos ou anônimos, que escreveram as páginas do desenvolvimento marcial até a atualidade.
Cada modalidade é distinta, pois absorve os elementos religiosos, folclóricos e físicos característicos ddos povos e regiões de origem, tornando assim, o tema amplo e altamente diversificado.
Fabio Bueno
Ficha técnica:

  • Produção: BR_designers


  • Autores: Fabio Amador Bueno e José Augusto Maciel Torres


  • Ano: 2009


  • Contato: bueno@iron.com.br